27/06/2019 Quem cresceu ou passou parte da infância no interior certamente lembra com saudade da sensação boa de comer frutas no pé. A boa notícia é que, mesmo com pouco espaço, é possível produzir nos grandes centros urbanos. Segundo o pesquisador da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, José Antônio Alberto da Silva, que atua na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), é possível produzir acerola, gabiroba, amora, araçá, goiaba, pitanga e jabuticaba, macã entre outras, até mesmo em vasos.
Silva explica que essas frutas nem sempre são fáceis de serem encontradas nos supermercados das grandes cidades. "São frutas com alto potencial produtivo e que possuem mercado nos grandes centros. Há pessoas, que por conta desse saudosismo da época de vivência no interior, pagam caro por elas. O problema é que estragam muito rápido depois de colhidas, por isso, nem sempre são fáceis de serem encontradas no mercado", explica.
Para driblar o problema, o pesquisador da APTA dá algumas dicas. Confira!
Plantio no vaso
O primeiro passo é adquirir mudas de boa procedência em viveiros idôneos. Isso evita que se compre plantas improdutivas ou que acabe levando para casa um tipo de fruta e mais tarde descobre que é outra.
O plantio pode ser feito no chão ou em vasos com pelo menos 40 litros.
Primeiro, é necessário fazer um dreno com pedras no fundo do vaso, evitando acúmulo e excesso de água.
Faça o plantio da muda utilizando terra fértil, rica em matéria orgânica, que pode ser facilmente encontrada em casas especializadas.
É necessário escolher bem o local em que o vaso ficará no quintal. Geralmente as fruteiras gostam de locais bem arejados e que batam sol pelo menos durante um período do dia.
É importante estar atento se a planta está com água suficiente. Sempre verifique se a terra está úmida, pois, tanto falta como o excesso de água faz mal a planta.
Faça adubação complementar a cada dois ou três meses, utilizando esterco curtido e formulações NPK (nitrogênio, potássio e fósforo). Se perceber que há alguma praga ou doença na planta, procure um engenheiro agrônomo.
Plantio no chão
Para o plantio no chão, devem-se ter os mesmos cuidados. A diferença é a necessidade de realizar a poda da copa das árvores mais frequentes. "Como no chão a planta tem mais espaço para se desenvolver, crescerá com mais vigor, por isso, a necessidade de sempre realizar a poda de ramos que crescerem demasiadamente e assim manter a copa no formato e altura que quiser. Vale lembrar que estas frutíferas não possuem sistema radicular muito agressivo, principalmente, quando é realizada a poda", explica Silva. (Assessoria de Imprensa – Apta)
Sobre a Apta
A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, tem a missão de coordenar e gerenciar as atividades de ciência e tecnologia voltadas para o agronegócio. Sua estrutura compreende o Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e Instituto de Zootecnia (IZ), além dos 11 Polos Regionais distribuídos estrategicamente no Estado de São Paulo. Balanço Social realizado pela Agência no biênio 2016/2017 mostrou que a cada real investido, a APTA retornou R$ 12,20 para a sociedade. As 48 tecnologias analisadas e adotas pelo setor produtivo tiveram R$ 10,9 bilhões de impacto econômico no período. Isso significa mais produtividade no campo, sustentabilidade da produção, renda para o produtor ! rural e alimentos de qualidade para a população.