09/01/2015 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta sexta-feira (9/1), que a inflação oficial do país, medida pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2014 em 6,41%. Em 2013, havia ficado em 5,91%. Já em dezembro, produtos e serviços subiram em média 0,78%.
Um dos motivos do aumento da inflação acima do esperado (a expectativa fixada era de 4,5% e o teto da meta do governo, de 6,5%), foi a pressão dos preços da alimentação e bebidas. Segundo o IBGE, no grupo dos alimentos, vários deles ficaram mais caros de novembro para dezembro, sobressaindo as carnes, 3,73% mais caras, e a refeição fora de casa que subiu 1,41%. O feijão com arroz, prato típico do brasileiro, também ficou mais caro. O feijão chegou a subir 9,26%, em média, enquanto o arroz ficou mais caro em 1,81%.
As despesas com Alimentação e Bebidas (8,03%) se encarregam de parte significativa do orçamento das famílias (24,86%) e os preços dos principais produtos consumidos aumentaram em todas as regiões pesquisadas, sobretudo em Goiânia, onde a alta foi de 10,69%, seguido do Rio de Janeiro, com 10,02%. Foi em Vitória, que ficou em 6,07%, onde os alimentos aumentaram menos.
Considerando somente os alimentos adquiridos para consumo em casa, a alta foi de 7,10%. Vários produtos ficaram mais caros de um ano para o outro, destacando-se a alta de 22,21% no item carnes, o mais elevado impacto individual no IPCA do ano, detendo 0,55%. A explicação para isso é a seca do ano passado, afetando os pastos.
Sobre os alimentos consumidos fora de casa, a taxa de crescimento foi maior, ficou em 9,79%. O item refeição fora, com aumento de 9,96%, se colocou no segundo lugar dos principais impactos, com 0,50%. Mas não foi só a refeição. A maioria dos itens relativos à alimentação fora aumentaram, com destaque para o cafezinho, doces, café da manhã, cerveja, refeição, refrigerante e lanche.
O IPCA mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre um e 40 salários mínimos mensais. As pesquisas são feitas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, de Belo Horizonte, do Recife, de São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Fonte - IBGE e Agência Brasil